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Quando via as vagas claras a espalhar espumas brancas
Sempre olhando da janela, murmurava o mesmo canto
De que bela que seria se ela fosse feita em brumas
E deitasse sobre as ondas, e se as ondas lhe fizessem descansar
E sentia sempre ânsias quando a lua se levanta
De soltar os pés descalços, e como se fossem campos
De orvalhos e neblinas e de verdes e lazúlis
Atravessar oceanos caminhando etéreamente sobre o mar
E um dia convenceu-se, ao ouvir gaivotas mansas
Que falavam com voz rápida de incontáveis encantos
Das pacíficas planícies de geladas águas claras
De que a luta era vazia e que a paz era tão bela de se olhar
E andou a passos lentos, e sorria qual criança
Que não vê nenhum perigo onde a vida enxerga tantos
E com algas e com peixes a beijar seus pés descalços
Pôde então dormir serena sob o som do oceano a lhe embalar.
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3 comentários:
Meu nome pra essa história: Just do it.
(bel)(lev)íssimo, sobre as águas claras...
caramba, meu amigo. admiravel tua escrita.
adorei te ler.
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